O colangiocarcinoma, um tipo de cancro raro e agressivo que afeta as vias biliares, representa um desafio significativo para a saúde pública. A dificuldade de diagnóstico precoce, devido à ausência de sintomas específicos e de rastreios eficazes, aliada à escassez de tratamentos eficazes e acessíveis, torna este tipo de cancro particularmente desafiador.
A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) tem alertado para a urgente necessidade de melhorar o acesso a medicamentos inovadores para o tratamento do colangiocarcinoma. Apesar da existência de novos fármacos, como o ivosidenib, que se mostram promissores para pacientes com determinadas mutações genéticas, o processo de aprovação e comparticipação destes medicamentos em Portugal tem sido lento e burocrático.
A demora na aprovação destes medicamentos tem consequências graves para os doentes, que muitas vezes veem a sua oportunidade de tratamento comprometida. A progressão rápida da doença e a agressividade do colangiocarcinoma exigem respostas rápidas e eficazes. A cada dia que passa, as chances de sucesso terapêutico diminuem significativamente.
A burocracia associada aos processos de negociação entre o Infarmed e as empresas farmacêuticas, bem como as dificuldades de acesso aos Programas de Acesso Precoce, têm sido apontadas como os principais obstáculos à disponibilização destes medicamentos aos doentes. A demora na aprovação destes programas e a incerteza quanto à sua aprovação final geram uma grande ansiedade nos doentes e nas suas famílias.
A taxa de sobrevivência a cinco anos para o colangiocarcinoma é inferior a 5%, o que sublinha a gravidade desta doença e a urgência de encontrar soluções para melhorar o prognóstico dos doentes. O impacto social e económico deste tipo de cancro é significativo, tanto para os doentes e suas famílias, como para o sistema de saúde.
É fundamental que sejam encontradas soluções para acelerar o acesso a medicamentos inovadores para o tratamento do colangiocarcinoma. A criação de mecanismos mais ágeis e eficientes para a avaliação e aprovação destes medicamentos, bem como a garantia de um financiamento adequado, são medidas essenciais para garantir que todos os doentes tenham acesso aos melhores tratamentos disponíveis.
A AICSO defende a necessidade de uma maior literacia em saúde por parte dos doentes e de uma maior envolvimento da sociedade civil na defesa dos direitos dos pacientes. A luta por um acesso equitativo aos cuidados de saúde é uma batalha que deve ser travada por todos.
Em suma, a dificuldade de acesso a medicamentos para o tratamento do colangiocarcinoma é um problema urgente que exige uma resposta rápida e eficaz por parte das autoridades de saúde. A vida dos doentes não pode continuar a ser posta em causa por questões burocráticas e atrasos injustificados.
Detectamos que o seu ecrã ou janela não tem as dimensões necessárias para apresentar da melhor forma o conteúdo do website.
Temos disponível uma versão do website adaptada a ecrãs mais pequenos como telemóveis ou tablets.
Deseja visitar a versão optimizada para telemóveis e tablets?
