Uma equipa de investigadores da Universidade do Minho, em colaboração com outras instituições, desenvolveu um novo nanomaterial que promete revolucionar o tratamento do cancro. Essa inovação, descrita num artigo publicado na revista Advanced Functional Materials, consiste num gel capaz de libertar de forma controlada dois fármacos anticancerígenos, aumentando a eficácia da terapia e permitindo uma abordagem mais personalizada para cada paciente.
O gel desenvolvido pelos cientistas portugueses é composto por nanopartículas de lípidos, que encapsulam os fármacos e nanopartículas magnéticas. Essa combinação permite que a libertação dos medicamentos seja controlada de forma precisa, utilizando campos magnéticos ou radiação infravermelha. Ao aquecer as nanopartículas, os fármacos são libertados no local do tumor, maximizando a sua ação e minimizando os efeitos colaterais.
A grande vantagem desse novo material é a possibilidade de combinar diferentes tipos de terapia, como a quimioterapia, a fototerapia e a hipertermia magnética. Essa abordagem multimodal permite atacar o tumor em diferentes ângulos, aumentando a eficácia do tratamento e diminuindo a resistência das células cancerígenas.
Além disso, a libertação controlada dos fármacos permite ajustar a terapia a cada paciente, otimizando o tratamento e reduzindo os efeitos colaterais. Esta personalização é fundamental para o sucesso do tratamento do cancro, pois cada tumor possui características únicas.
Os resultados obtidos em laboratório são promissores, mas ainda são necessários mais estudos para avaliar a segurança e a eficácia do novo nanomaterial em modelos animais mais complexos. A equipa de pesquisa planeia desenvolver novas versões do material, adaptadas a diferentes tipos de tumores e fármacos e realizar ensaios clínicos em humanos.
A descoberta deste novo nanomaterial representa um avanço significativo na luta contra o cancro. Ao combinar diferentes tecnologias e permitir uma abordagem mais personalizada, esta inovação abre novas perspectivas para o tratamento desta doença.
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